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domingo, 13 de janeiro de 2013

A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no ES


Ao concluir este livro, em 3ª edição, deixo informado aqui no final que, nos capítulos de 1 a 4, a contextura inicial se fez, na maior parte com a utilização das memórias do autor e de depoentes, fornecendo e transmitindo oralmente fatos de que teriam presenciado ou obtidos por informações de familiares de uma a outras gerações. Reconheço que essa metodologia não compraz aos literatos que usam no desenvolvimento das pesquisas as ferramentas, tal como recomendam as normas científicas relacionadas aos registros históricos. Quero, com isto, informar e justificar o emprego de um subtítulo à obra, “Memórias II”, estilo que prevalece desde que redigi minha autobiografia e tornou-se de uso habitual, permanecendo também aqui nas memórias dos garimpos e das lavras de minerais-gema no estado do Espírito Santo.
Um exemplo de coloquialismo usado assiduamente em muitos títulos de obras, artigos e publicações na mídia, é o uso do vocábulo “pedra” que, ora significa cristal, gema e ponto geográfico, como exemplo notável, o próprio título desta obra (A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo).
Por falta de conhecimentos técnico-científicos de mineralogia, geologia e gemologia, as duas primeiras edições deste livro foram redigidas na maior parte com a utilização da linguagem coloquial falada nos garimpos deste estado. Na medida em que os trabalhos evoluíam na busca de informações científicas, especialmente para preparar esta 3ª edição do livro, tive a oportunidade de contar com a participação especial da Professora Daniela Newman, portadora de qualificações notáveis em mineralogia, geologia e gemologia, também na condição da docência que exerce nestes segmentos científicos, tornando-se a orientadora e revisora técnica, ajustando no que coube, o uso da mais moderna nomenclatura de termos tornados de uso corrente nos trabalhos de pesquisa em mineralogia, geologia e gemologia, concebendo uma linguagem que vai se tornando universal. Mas, nos textos pesquisados, essa mesma linguagem nem sempre é usada, quer pelo uso da fala coloquial ou ainda não adequada à nova linguagem. E isto acontece com algumas obras bibliográficas consultadas, artigos e publicações em noticiários e, mesmo assim, justifico o seu uso, pelas indicações da presença de minerais-gema, lavragem de minas e garimpos neste estado, meios que se tornaram meus aliados.
                Quando à historiografia, meu trabalho pode servir de pistas num caminho que será trilhado por aqueles que forem tecnicamente capazes de produzir melhores resultados, quer na história quer nas ciências mineralógica, geológica e gemológica. A verdade é que, inicialmente tive a intenção de realizar um trabalho simples, de acordo com minhas limitações, que se servem do empirismo de alguém que vivenciou o assunto como amador e autodidata.
            Espero com isto que os leitores entendam agora mais do que nunca as dificuldades que me são impostas pela cronologia dos tempos e as deficiências decorrentes do cansaço e de enfermidades próprias da faixa etária do autor.

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