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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

JAGUARITÁ



Diante da proximidade do lançamento do romance JAGUARITÁ, faço a sua apresentação prévia com o texto a seguir.
           
Jaguaritá é um romance ficcional e sobre a temática da Pedra da Onça – fato –, embora os personagens aqui guardem alguma semelhança com pessoas reais, mas, na realidade, são meras criaturas destinadas a dinamizar o cenário do maior de todos os garimpos do estado do Espírito Santo – A Pedra da Onça. Quando se abordam os trabalhos de lavragem dessa jazida de águas-marinhas, as pessoas são reais.
É visto também aqui, que, nem sempre são os profissionais os verdadeiros protagonistas das histórias dos grandes achados de pedras preciosas, feitos ao mero acaso, semelhante à aleatoriedade de como as gemas se formaram. Um garoto que caçava cabritos teve a sorte encontrar pequenos cristais de quartzo e de águas-marinhas, fato semelhante ao ocorrido com um caçador que encontrou idênticos minerais atirados para fora de uma toca de tatus.
 Nesse segundo caso, o indivíduo levou o material e o mostrou a um comerciante, que, além de não acreditar nessa história, aconselhou-o a procurar serviço, pois sua família dependia dos minguados recursos provenientes da sua atividade de trabalhador agregado em propriedades agrícolas. Ele tinha qualidades do famoso personagem das histórias infantis — era adepto às características da “lei do menor esforço” —, tal como o personagem “Jeca Tatu”, criado pelo escritor Monteiro Lobato.
Bastou que um farmacêutico estabelecido na localidade de Figueira de Santa Joana tivesse conhecimento do que tal garoto achara ao escalar o monólito da “Pedra da Onça”, em busca da grande fortuna. Com a notícia espetacular do achado, houve corrida ao “Eldorado”, semelhante àquela na “Serra Pelada”, onde uma multidão de garimpeiros, movidos pela cobiça de fortuna com o ouro encontrado ali com fartura, se assemelhou ao fato ocorrido na Pedra da Onça, trazendo gente dedicada aos garimpos, principalmente profissionais vindos do estado de Minas Gerais. Uma grande invasão ocorreu instantaneamente e de forma descontrolada. Não faltaram curiosos, engrossando a multidão. Sabe-se que foram retirados de um pegmatito superficial, milhares de quilogramas das mais puras e coradas águas-marinhas e de quartzos nas variedades morion (palavra estrangeira usada para designar variedade de quartzo enfumaçado negro. Pronuncia-se morrião), hialino, citrino e ametista e, até hoje, os comentários persistem nas memórias de pessoas ainda vivas e na lembrança de outros que tiveram como eu, a sorte de ouvir de forma reverberada e reiteradamente palavras de quem, mesmo não tendo testemunhado o fato, dele conhece toda a história, sempre transmitida e retransmitida oralmente.
   Vê-se que personagens do garimpo criados aqui nestes textos serão nada mais que expectadores, alcançando quantias mínimas de gemas, colhidas nos rejeitos atirados montanha abaixo. A grande sorte foi generosa com poucos indivíduos residentes em Figueira de Santa Joana e outros em Itaguaçu, mas a maioria, mesmo, que retirou grandes gemas é gente anônima e não se sabe quem são e de onde vieram. Por isso mesmo, os valores encontrados não podem ser quantificados nem aproximadamente, pois muitas das gemas encontradas nessa lavra não foram vistas e nem conhecidas. Outros fatos que comumente ocorrem nesses casos são os boatos, nem sempre retratando coisas verídicas. Portanto, há um misto de verdades e de dúvidas.
Dos poucos cidadãos aquinhoados, residentes nas localidades vizinhas, não há quem tenha conseguido manter suas fortunas porque dinheiro fácil, obtido inesperadamente, assim, na rapidez como chegou, ­­­ também se esvaiu.
Esta obra tem como escopo o que se tratou no livro A Pedra da Onça – Jazidas e Garimpos no Espírito Santo, embalando temática idêntica, porém de forma fictícia, a respeito de alguns personagens do garimpo profissional.
Semelhantes às histórias reais desses profissionais do garimpo, vindos de outros estados, que derramaram suor, acharam cristais e pedras coradas, apuraram significativos valores momentaneamente capazes de permitir a aquisição de bens como moradia e manutenção de garimpos diversos, outros, nada adquiriram ou, se alcançaram bons resultados, comportaram-se de forma perdulária, entregando-se aos prazeres do imediatismo e, depois, retornando ao statu quo.
Pode ser que, na criação desses personagens fictícios, algum seja identificado com uma pessoa real. Digo que isso não passa de mera coincidência. Nomes de pessoas reais existiram, no momento em que se centralizou a incidência dos achados das águas-marinhas na Pedra da Onça. Nisso prevaleceu o fato verídico.
Além dos relatos de fatos característicos da atividade garimpeira, existem aspectos relevantes do modo como vivia, como se divertia e como se relacionava socialmente a população, com destaque especial para a juventude da época e seus costumes.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Este mapa fará parte da 3ª edição do livro "A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo, trabalho que é realizado atualmente. Esta página mostra alguns minerais-gema e onde se localizam ao longo dos municípios capixabas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

JAGUARITÁ

Este romance tem como tema principal o palco do garimpo lavrado no topo da Pedra da Onça. O título JAGUARITÁ foi escolhido, simbolizando o topônimo para o município-sede do evento, com base na linguagem do tupi antigo. Nesses textos, arrolaram-se personagens reais e outros tantos fictícios, visando dinamizar a ação dos garimpos de cristais-gema nessa região do estado do Espírito Santo. Espero que gostem.