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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PANCAS


           Vista parcial das montanhas de Pancas

Conforme afirmam cidadãos de Pancas, no parágrafo assinalado em vermelho (abaixo), dão conta de que as gemas de água-marinha doadas à rainha da Inglaterra e que ornam um colar e uma tiara, são reclamadas como oriundas de Pancas e são parte de um grande cristal encontrado em 1943, pesando 25 quilogramas. Há outros que afirmam que as gemas ornadas com essa mesma gema brasileira teriam origem em achados no grande garimpo da Pedra da Onça, localizado em Itarana-ES. Agora, deixo a palavra com os entendidos. Esse fato foi publicado recentemente no Jornal A Tribuna.
Situado ao Norte do Estado o lugar começou a ser colonizado em 1918 quando em suas matas ainda era possível se deparar com índios. Logo depois vieram os mineiros, alemães e pomeranos. O lugar acolhe gente de origens, costumes e cultura diversos. A região guarda cachoeiras e montanhas, ideais para escaladas. Mas alguns desportistas descobriram esse filão. Quando o paisagista Burle Marx conheceu Pancas, expressou assim seu sentimento. “Fiquei deslumbrado com a morfologia. Uma série de montanhas de forma cônica, rodeada num vale, no fundo do qual o rio desliza como uma serpente”. A formação geológica, o calor e a umidade do lugar propiciam um clima perfeito para certas plantas exóticas, como a raríssima orquídea de coloração branca, de labelo amarelado, tingida de roxo e de perfume extremamente suave.
A área central de Pancas é contornada por gigantescos rochedos com formatos e aspectos variados. Como as Pedras da Agulha, do Elefante e do Camelo, com 720 metros de altitude, considerado símbolo da cidade pelos mais antigos. As cachoeiras ficam a poucos metros do Centro. A Bassani é uma queda d’água que encanta, tem cem metros e distante apenas três quilômetros da sede. Tem boa infraestrutura para receber os visitantes que começaram a chegar há dez anos. A partir das cachoeiras e rios são formadas piscinas naturais com águas cristalinas, cercadas de remansos que a tornam seguras para banho. Os principais rios são afluentes do rio Doce.

Moradores ficam ricos com as pedras
A partir de 1943, Pancas tornou-se conhecida por suas pedras preciosas. Naquele ano foi encontrada ali uma das maiores águas marinhas do mundo, com 25 quilos, avaliada em U$ 2,5 milhões. A pedra acabou por provocar uma batalha jurídica porque foi levada ilegalmente para os Estados Unidos. Segundo documentos do arquivo da Prefeitura de Pancas, o então embaixador Assis Chateaubriand, representante diplomático do Brasil e da Inglaterra, teria presenteado a rainha Elizabeth com um colar feito desta pedra. Outra água marinha, com 19 quilos, foi encontrada em 1987. Pancas concentra ainda jazidas ricas em topázio, ametista, crisólita, crisoberilo e cristal de quartzo. Os moradores antigos lembram que os proprietários de terras fizeram fortuna extraindo pedras preciosas. Algumas destas fazendas permanecem abertas para que os visitantes acompanhem o processo de extração e garimpagem de minerais.
Fonte:
GUIAS DO BRASIL – ESPÍRITO SANTO

sábado, 15 de dezembro de 2012

ABOLIÇÃO DE VOCÁBULOS USADOS EM GEOLOGIA E GEMOLOGIA




Nesta 3ª edição do livro A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo, depois de observado ser necessário suporte técnico para levar a obra adiante, realizou-se parceria com a participação deste autor como mentor da lavratura dos textos iniciais nomeados de memórias em face da impossibilidade de registrar os fatos no rigor que prescreve a pesquisa científica. Não é possível mais redigir textos usando simplesmente a linguagem coloquial dos garimpeiros. Somou-se a presença da participação especial e revisão técnica consumada com a presença da Doutora Daniela de Carvalho Newman, docente no Curso de Gemologia da UFES, responsável por um sem número de acréscimos e troca de vocábulos divorciados da verdadeira técnica de uso corrente na atualidade.
Começamos por singularizar a nomenclatura dos minerais e gemas (estas compreendidas após o seu beneficiamento pelo processo de lapidação). Assim  os minerais gema passam a ser registrados no singular, assim: água-marinha, ametista, andaluzita, alexandrita, crisoberilo, crisoberilo olho-de-gato, calcita, granada, brasilianita, fluorita, turmalina, topázio, adulária, etc. Doravante são pluralizados lotes, amostras, peças, cristais, exemplares, quando se queira comentar sobre exemplares e, no singular, os nomes próprios de cada variedade de mineral ou gema. Também se aboliu terminologias como “pedras preciosas e semipreciosas” e, especialmente o vocábulo “pedra” quando designam minerais e gemas. Sempre que possível, expressões como “pedreira” são substituídos por maciço rochoso ou rocha granítica, feldspática, “rocha de cristal” por rocha de quartzo; distinguir as espécies de mica por moscovita e biotita, as mais comuns. Trocar “lapidário” por lapidador para designar o profissional que lapida cristais para torná-los gema. Enfim, sempre que possível, substituir a linguagem popular errônea do coloquialismo garimpeiro.
Todavia, as adaptações que ora se faz nos textos implicam em construções de sentenças perfeitamente identificações, inclusive com o cuidado do acréscimo de palavras adjetivas e adverbiais que lhes deem sentido e ainda tendo-se o cuidado com as concordâncias de gênero e grau.
Embora tomados essas providências, esbarra-se no uso da palavra “pedra” que, ora designa ponto geográfico, títulos de autores referenciados, e textos aditivados ao conteúdo do livro Neste caso, embora seja recomendável abandonarem-se expressões postas convencionalmente em desuso, é preciso esclarecer que, em fontes de pesquisas, não é o termo técnico o principal fim, mas as ocorrências de determinados minerais-gema, citados aqui e ali como próprios originalmente do estado do Espírito Santo. Dessa forma não há como modificar nomes próprios de obras e de conteúdos, hoje considerados errôneos, mas que corroboram e comprovam a incidência de alguns minerais não contemplados em obras outras diversas. Há de se considerar também textos escritos, por exemplo, no século IXX, contemplando “pedras preciozas e cristaes”. Não se pode modificar o que outros autores redigiram utilizando ortografia de então. Mesmo na atualidade, publicam-se obras sobre mineralogia e gemologia eivados na linguagem popularmente coloquial não recomendada pela comunidade científica.
Percebo agora, o livro A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo passa por modificações, que o tornam redigido em linguagem convencional contemporânea e essas adaptações e modificações terão sempre a dinâmica de cada edição levada a público.
A vila de Várzea Alegre com destaque para o maciços rochosos da Pedra da Onça, do Canudo e do Toma Vento